Colheita do Feijão Perto do Fim no Paraná, Comercialização Ainda Lenta



A colheita da segunda safra de feijão no Paraná está se aproximando do fim, com cerca de 70% das lavouras já colhidas, segundo informações recentes do Departamento de Economia Rural (Deral). Apesar do bom desenvolvimento das plantações, com 75% delas em boas condições, a produção total deste ano apresentou uma redução de 3%, totalizando aproximadamente 592 mil toneladas do grão.

No entanto, a comercialização do feijão tem sido um desafio para os produtores paranaenses. Os preços estão em queda contínua, tanto para o produtor quanto no atacado, uma situação que reflete o aumento da oferta no mercado durante este período. A queda é significativa, com o valor da saca de 60 kg de feijão preto, por exemplo, caindo de R$ 260 em março para R$ 187 em junho, uma redução de 28%.

Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), comentou sobre a situação, destacando que, embora a queda nos preços tenha frustrado alguns produtores, os valores estavam anteriormente acima do normal, e a normalização atual beneficia tanto a indústria quanto os consumidores. Ele também mencionou a possibilidade de importação de feijão preto da Argentina para complementar o abastecimento no segundo semestre.

Produtores como Alfredo Janke têm enfrentado custos de produção elevados, mas ele observa que os preços dos fertilizantes estão mais estáveis, o que traz algum alívio financeiro. A expectativa agora é que, com o fim da colheita, os produtores possam se preparar para o plantio da próxima safra, olhando para o futuro com otimismo apesar dos desafios atuais.

Esta situação reflete um cenário comum no setor agrícola, onde a oferta e a demanda ditam os preços de mercado, e a estratégia de armazenamento e venda se torna crucial para os produtores. A análise crítica desses fatores é essencial para entender como as políticas agrícolas e as condições climáticas impactam diretamente a economia rural do Paraná.

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